A teoria arranca dos
estudos iniciados pelo demógrafo estadunidense Warren
Thompson no ano 1929 e é hoje mais
vigente que nunca. Thompson observou as mudanças (ou transição) que tinham
experimentado nos últimos duzentos anos as sociedades industrializadas do seu
tempo com respeito às taxas de natalidade e de mortalidade. De acordo com estas
observações expôs a teoria da transição demográfica segundo a qual uma sociedade
pré-industrial passa, demograficamente falando, por 4 fases ou estágios
antes de derivar numa sociedade plenamente pósindustrial.
Olhar Geografico
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Análise de pirâmides etárias
Pirâmide etária
também conhecida como pirâmide demográfica ou pirâmide
populacional é uma ilustração
gráfica que mostra a distribuição de diferentes grupos etários em uma população (tipicamente de
um país ou região do mundo), em que normalmente cria-se a forma de uma pirâmide. Esse gráfico é
constituído de dois conjuntos de barras que representam o sexo e a idade de um
determinado grupo populacional. É baseado numa estrutura
etária da população, ou
seja, a repartição da população por idades.
Nesse tipo de gráfico, cada uma das metades representa um sexo; a base representa o grupo jovem (até 19 anos); a área intermediária ou corpo representa o grupo adulto (entre 20 e 59 anos); e o topo ou ápice representa a população idosa (acima de 60 anos).
As pirâmides etárias são usadas, não só para monitorar a estrutura de sexo e idade, mas como um complemento aos estudos da qualidade de vida, já que podemos visualizar a média do tempo de vida, a taxa de mortalidade e a regularidade, ou não, da população ao longo do tempo. Quanto mais alta a pirâmide, maior a expectativa de vida e, consequentemente, melhor as condições de vida daquela população. É possível perceber que quanto mais desenvolvido econômicamente e socialmente é o país, mais sua pirâmide terá uma forma retangular. Alunas: Camila Andrade ,Lorrany Dias.
Nesse tipo de gráfico, cada uma das metades representa um sexo; a base representa o grupo jovem (até 19 anos); a área intermediária ou corpo representa o grupo adulto (entre 20 e 59 anos); e o topo ou ápice representa a população idosa (acima de 60 anos).
As pirâmides etárias são usadas, não só para monitorar a estrutura de sexo e idade, mas como um complemento aos estudos da qualidade de vida, já que podemos visualizar a média do tempo de vida, a taxa de mortalidade e a regularidade, ou não, da população ao longo do tempo. Quanto mais alta a pirâmide, maior a expectativa de vida e, consequentemente, melhor as condições de vida daquela população. É possível perceber que quanto mais desenvolvido econômicamente e socialmente é o país, mais sua pirâmide terá uma forma retangular. Alunas: Camila Andrade ,Lorrany Dias.
EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Quando se estuda a questão da população, de
maneira global, ou até mesmo setorizada, deve-se levar em consideração os
pormenores que se apresentam neste problema de fundamental importância para a
economia e os movimentos sociais de todos os tempos. Sabe-se que a população
deve seguir uma trilha, cuja evolução deve caminhar pari passu com toda a
estrutura econômica vigente, sem causar prejuízos presentes e nem dificuldades
futuras aos seus envolvidos. Assim sendo, é salutar que se trabalhem os efeitos
do crescimento populacional frente à evolução econômica de qualquer país; pois,
para este caso específico, está-se estudando a problemática brasileira, dentro
de uma perspectiva de causa e efeito à estrutura e política em que está montada
no País.
Com isto, tem-se que dentre todos os países
que experimentaram um elevado crescimento da população, o Brasil é um dos que
mais se destacam em termos de índice, conforme se pode ver nos trabalhos que
falam sobre o assunto. Todas as Unidades da Federação tiveram um aumento de
população, em alguns casos chegando a duplicar como aconteceu com Rondônia, no
período 1960-70, que passou de 70 mil em 1960 para 116 mil habitantes em 1970 e
do Amapá que de 68 mil em 1960 atingiu também em 1970 a 6 mil habitantes. Outras
unidades da Federação tiveram um bom incremento populacional como São Paulo,
Minas Gerais, Bahia e outras, com porcentagens menores. As causas do crescimento
acelerado são atribuídas a uma condição até certo ponto artificial das coisas,
tais como, a migração e a alta fertilidade humana, não se justificando tal
crescimento, de certa forma, desordenado, e sem nenhuma orientação das
autoridades governamentais.
Como se pode constatar, a região Sudeste
participa com a maior porcentagem do total da população brasileira, quer dizer,
com um total de 42.6%, seguindo-se o Nordeste com 30.3%. Porém, pode-se notar
que no período analisado, estas porcentagens têm decrescido, como por exemplo:
em 1960 a participação do Sudeste no total era de 43.7%, mas, em 1970 ficou com
42.6%, o mesmo acontecendo com o Nordeste que em 1960 era de 31.5% e passou para
30.3% em 1970. Isto se deu devido, talvez às migrações para zonas mais
produtivas ou mesmo com maior possibilidade de subsistência das pessoas menos
favorecidas de outras regiões brasileiras.
O crescimento populacional brasileiro tem
alcançado essas altas taxas - 2.7% em 1970 - devido aos programas de saúde,
melhoramentos na condição de vida do povo (pelo menos quanto à habitação),
melhores condições sanitárias, nutrição, educação e muitos outros meios que têm
contribuído para diminuir a taxa de mortalidade infantil e prolongada a
expectativa de vida dos adultos. Para BELTRÃO (1967) o
incremento populacional é fruto desses programas que também tem contribuído para
manter a taxa de natalidade constante. Isto tem conseguido uma paralisação no
nível de mortalidade brasileira, tanto no que respeita à infantil, como de
pessoas que estejam na velhice e a economia do país não tem garantido a
sobrevivência deste povo.
Tal situação de crescimento da população do
povo brasileiro não está em consonância com a evolução da economia como um todo,
pois o setor econômico não tem podido criar suficientes oportunidades de emprego
para contemplar a todos que entram na força de trabalho economicamente ativa
(PEA). Como se ver pelo excedente populacional existem óbvios sintomas de
subemprego e desemprego nas cidades e nos campos. Considerando este estado de
coisas, tem-se procurado criar de qualquer forma, mercados de trabalho nos
diversos níveis, para suprirem a grande oferta de trabalho existente.
Os modelos de crescimento, tais como os que
concernem a HARROD e DOMAR, explicam como cresce o estoque de capital, o
bastante para romper o círculo vicioso do capital e desencadear um processo de
desenvolvimento regular e contínuo. A fórmula a reter-se, exprime-se pela
relação ; sendo G a taxa de
crescimento da renda nacional; S o coeficiente de poupança e o coeficiente marginal
do capital. Ora uma apreciação exata do círculo vicioso do capital e de sua
resistência precisa levar em conta a renda per capita nacional, introduzindo na
relação, a taxa de incremento populacional do país.
Para dar um exemplo: verifica-se que, com um
coeficiente 4 e uma taxa de poupança de 6%, um acréscimo anual da população de
1% não permitiria nenhum aumento da renda per capita. Significaria a manutenção
do estado de estagnação e provavelmente de pobreza. Por conseguinte, admitindo
uma taxa de incremento anual de sua população de 2.5% e o coeficiente de capital
entre 2 e 4, necessitar-se-ia de uma taxa de investimento líquida de 5 a 10%
para manter o mesmo nível de renda per capita. Caso se tente obter,
simultaneamente, um acréscimo modesto de renda per capita de 2 a 3% no intuito
de passar de uma economia estacionária para uma progressiva, escapando destarte
do círculo vicioso persistente da pobreza, as proporções de renda nacional a
serem poupadas, representam de 13.5 a 16.5% para um coeficiente de 3 e 18 a 22%
para um coeficiente de 4.
Semelhantes taxas são geralmente impossíveis
de se conseguir, de vez que superam, as disponibilidades financeiras de tais
países, ditos subdesenvolvidos. Nestes casos, a formação líquida de capital como
porcentagem da renda nacional, situa-se entre 5 a 10% da mesma. Com uma taxa de
incremento populacional acima se expressa agora assim: ; onde p é a taxa de
incremento populacional. Para o caso brasileiro, essa população se encontra na
faixa de 15 a 60 anos e em termos percentuais corresponde a 32.3% da população
total de 1960 e 35.7% da de 1970, demonstrando assim, uma população bastante
jovem, principalmente se comparada com a população de outros países.
Sobre as várias taxas de crescimento interno
do país, em termos de crescimento regional, mostra-se que a região Centro-Oeste
tem a maior taxa de crescimento no período 1960-70 com 6.91%. Em segundo plano,
tem-se a região Sul com 5.45%, a região Sudeste com 3.6%, onde está localizado o
Estado mais populoso do país, São Paulo, que representa a mesma taxa de
crescimento de 3.6%, depois, vem o Norte com 3.85% e o Nordeste com 2.36% de
crescimento ao ano. Não se deve esquecer a participação das migrações nos
processos de crescimento regional e até mesmo estadual, bem como municipal;
pois, sabe-se que esta variável é de suma importância na evolução populacional
de cada Estado. Para se ter uma idéia deste fato, registra-se no censo de 1960 a
hipótese levantada pelo Pe. BELTRÃO, de que as migrações e a fertilidade não têm
bastante peso sobre o crescimento populacional brasileiro.
Ao se relacionar desenvolvimento com
população quer-se enfatizar a grande importância que tem o crescimento
populacional com o desenvolvimento econômico, isto porque ao se verificar um
aumento populacional, é necessário haver também um aumento substancial na
estrutura produtiva de toda a economia para que não se permaneça na estagnação
e, portanto, na pobreza. A literatura econômica mostra que a maior parte dos
países que alcançaram um certo grau de desenvolvimento, tinha uma taxa de
crescimento populacional em torno de 1%, levando a crer que crescimento
populacional e desenvolvimento econômico estão altamente
correlacionados.
Para um país alcançar o desenvolvimento, terá
de efetuar uma série de transformações de estrutura e de sistemas e usar o
planejamento integrado para tentar introduzir efeitos propulsores na estrutura
de mercado, capazes de tirá-lo da inércia até então vigente. É claro que tais
mudanças são compatíveis com a filosofia política do país e com a definição de
objetivos a serem alcançados para a consecução de seu desenvolvimento.
Acompanhando o raciocínio da racionalidade econômica, coerente com o modelo
político atual, o Brasil deve ter optado por um modelo excludente (intensivo de
capital, com arrocho salarial), autoritário (tecnodemocracia com a mínima
participação do povo) e exportador (uma parcela bastante pequena da população,
em torno de 30%, que participa do mercado consumidor interno).
Não resta dúvida de que o PIB do Brasil vem
se mantendo com uma taxa de crescimento compatível com as estruturas criadas
para tal e que o crescimento da população esteve pari passu com o aumento
da produtividade e da renda per capital; porém, conforme LANGONI (1978), somente
o decil mais alto da população se beneficiou com esse crescimento. Enfatizou-se
aqui o crescimento populacional como um fator importante para o desenvolvimento,
visto que se a população crescer mais do que a taxa esperada haverá um processo
de anulação parcial do crescimento do produto. No caso brasileiro, acha-se que o
mais grave é a transferência desordenada de contingentes populacionais para
centros já saturados, em consequência de maior importância dada ao setor
industrial, concentrado no Centro-Sul, em detrimento da agropecuária e das
outras regiões do país.
Concluindo esta discussão, verifica-se que,
nesta trajetória estudada o crescimento econômico brasileiro, algumas vezes tem
acompanhado a evolução populacional, mesmo levando em consideração que o
desemprego tem se expandido em alguns momentos. Isto decorre, não unicamente da
parte residual entre população e produção nacional; mas, do processo de
concentração que sempre acompanha a economia do país, dividindo os frutos do
crescimento, de maneira desigual e até mesmo dificultando uma correlação cem por
cento entre estas duas variáveis. Portanto, cabe aos agentes da política
encaminhar eficientemente uma melhor distribuição do produto nacional e dar
oportunidade a todos indistintamente participarem da economia como elemento
econômico de suma importância ao crescimento e desenvolvimento
nacional. Aluna :Camila Andrade ,Lorrany Dias
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